Reunião Pública Internacional discute proibição do amianto e redução do uso de agrotóxicos na próxima semana

CuritibaAcontece na próxima semana, nos dias 11 e 12 de junho, a Reunião Pública Internacional “Municípios pelo Banimento do Amianto - Encontro de Municípios para Fortalecimento da Agroecologia - Captação de Recursos para a Produção de Alimentos Orgânicos". O evento realiza-se no Auditório do Centro de Convenções de Curitiba.

Promovido pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), em parceria com o Ministério Público do Paraná e a Secretaria de Estado do Trabalho Emprego e Economia Solidária, o objetivo da reunião é orientar os municípios para fortalecer a agroecologia, reduzir ou eliminar o uso de agrotóxicos, proteger a saúde pública e apresentar formas de obtenção de financiamentos públicos para a produção de alimentos orgânicos, além de discutir estratégias relacionadas ao banimento do amianto no Estado.

No primeiro dia, o encontro conta com a participação de um especialista nos malefícios do uso do amianto, o promotor italiano Guaraniello Monreale. Já no segundo dia, o evento traz um palestrante argentino, o promotor Carlos Mateu, para falar sobre ações contra a pulverização e contaminação por agrotóxicos.

Amianto

O amianto é uma fibra mineral, usada principalmente na construção civil em telhas, caixas d’água, tubulações, pisos e forros. A exposição a essa fibra traz prejuízos à saúde e pode causar asbestose, placas pleurais, mesotelioma e câncer de pulmão. Essas doenças provocam falta de ar, resultando em dificuldade para fazer tarefas cotidianas. Elas podem levar até 45 anos para se manifestar, porém são praticamente incuráveis.

As principais vítimas são os profissionais que produzem itens com o material. A inalação das fibras de amianto pode causar lesões no pulmão e outros órgãos. Segundo o médico do MPT, Elver Moronte, estudos da Organização Interenacional do Trabalho (OIT) demonstram que não há limite seguro à manipulação do produto. “Qualquer tipo e concentração são perigosos, por se tratar de uma substância cancerígena”, destaca.

O amianto pode ser substituído por fibra de vidro, polipropileno, PVA, polietileno, entre outros, e a indústria já tem tecnologia. São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Pernambuco já baniram o mineral.

Agrotóxicos

Os agrotóxicos são substâncias químicas (herbicidas, pesticidas) utilizadas em produtos agrícolas e pastagens com a finalidade de controlar pragas.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso excessivo dessas substâncias contamina o meio ambiente e causa a morte de animais e plantas. Em alguns casos, pode ser irreversível, resultando em desequilíbrio biológico e ecológico. Além disso, causa intoxicação tanto em trabalhadores rurais expostos ao venono quanto em pessoas que ingerem alimentos contaminados.

Serviço

Reunião Pública Internacional “Municípios pelo Banimento do Amianto - Encontro de Municípios para Fortalecimento da Agroecologia - Captação de Recursos para a Produção de Alimentos Orgânicos".
Data: 11 e 12 de junho
Horário: das 8h às 18h
Local: Auditório do Centro de Convenções de Curitiba (Rua Barão do Rio Branco, 370 - Curitiba/PR)
Inscrições: http://www2.mp.pr.gov.br/limesurvey2/index.php?sid=45539

ASCOM - MPT-PR

A PRT9 informa a disponibilidade de bens para doação

Curitiba - Em cumprimento ao decreto nº 99.658/90, alterado pelo decreto 6.087/06, a Procuradoria Regional Do Trabalho Da 9ª Região, através da comissão instituída pela portaria PRT9 nº 014/2013, de 20/3/2013, informa que encontram-se disponíveis para doação: veículos, mobiliário, equipamentos eletroeletrônicos e de informática, classificados como ociosos e irrecuperáveis.

A relação de bens encontra-se disponível até o dia 20 de junho de 2013 em editais no site www.prt9.mpt.gov.br ou diretamente clicando para {source}
<a href="/images/arquivos/editais/2013/portaria_2013_14-desfazimento-curitiba-2013.pdf" title="PRT9 - Portaria nº 014/2013" onclick="openHighslide(this); return false;">ver Portaria nº 014/2013</a>
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Todas as despesas com a remoção dos materiais doados serão de responsabilidade dos interessados.

Serviço:

Pedidos

E-Mail: prt9.daa@mpt.gov.br

Na Procuradoria Regional Do Trabalho Da 9ª Região: Av. Vicente Machado, 84, Centro, Curitiba-PR, Cep 80420-010

Informações

Fone: (41) 3304-9000, Ramal 9066, com o Presidente Da Comissão: Willian Thá Júnior.

 ASCOM - MPT-PR

Catadores realizam marcha contra incineração

Curitiba - Nesta quinta-feira (6), às 14h, catadores de materiais recicláveis realizam uma marcha contra a incineração de lixo. Os participantes caminharão até a Câmara dos Vereadores de Curitiba para apresentar um projeto de lei contra a queima de resíduos no município. A caminhada tem início no Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR).

O objetivo da marcha, organizada pelo Instituto Lixo e Cidadania, é sensibilizar a comunidade em prol da causa dos catadores. Pela manhã lideranças comunitárias e de cooperativas se reúnem na sede do MPT-PR para o Fórum Lixo e Cidadania, encontro mensal que discute a gestão de resíduos sólidos. 

Na parte da tarde a intenção é de mobilizar por volta de 300 catadores para a passeata. O encontro homenageia o Dia Nacional dos Catadores, comemorado no dia 7 de junho, e também a Semana do Meio Ambiente, realizada entre os dias 3 e 7 desse mês.

O projeto de lei consiste na criação do Pró-Catador, programa de coleta seletiva com inclusão social dos catadores de materiais recicláveis. Se aprovada, a nova lei prevê apoio à organização produtiva dos catadores, à melhoria das condições de trabalho, à inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem.

Um dos pontos mais importantes da proposta é a proibição da incineração como destino final dos resíduos sólidos urbanos. Incluindo a pirólise, co-geração ou qualquer outra tecnologia que utilize resíduos sólidos como matéria prima para a combustão.

O projeto de lei pretende vedar qualquer parceria público-privada para empreendimento que promova o aproveitamento energético a partir da incineração de lixo. Uma vez que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece que o gerenciamento dos resíduos deve ser um conjunto de ações exercidas nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada.

Tanto do ponto de vista ambiental quanto do social, a incineração é considerada imprópria. A queima do lixo produz gases tóxicos que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiento. Além disso, o material que seria incinerado compõe a renda dos catadores de recicláveis.

Serviço
Fórum Lixo e Cidadania
Data: 6 de junho
Horário: 9h
Local: Ministério Público do Trabalho – MPT-PR (Avenida Vicente Machado, 84 – Curitiba/PR)

Marcha contra a incineração
Data: 6 de junho
Horário: 14h
Local: Ministério Público do Trabalho – MPT-PR (Avenida Vicente Machado, 84 – Curitiba/PR)

ASCOM MPT-PR

Frigoríficos atuam no Congresso para reduzir proteção aos trabalhadores

Curitiba - Na última semana, o Ministério Público do Trabalho participou de audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, sobre o projeto de Lei 2.363/2011. O PL, do deputado federal Silvio Costa (PTB-PE), pretende limitar o direito a intervalos durante o trabalho. 

De acordo com o procurador Heiler Natali, gerente nacional do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos, do MPT, há uma pressão do setor frigorífico no Congresso Nacional para alterar o artigo 253 da Consolidação das Leis do Trabalho, diminuindo a proteção à saúde e segurança dos trabalhadores.

O PL vai contra a Norma Regulamentadora 36, do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata da segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados. A NR dos Frigoríficos foi publicada no Diário Oficial em abril e é resultado de discussões e análises feitas por uma comissão tripartite entre o governo e os setores empresarial e trabalhista.
Para Natali, é lamentável que esse projeto esteja sendo discutido. O procurador ainda destaca que a NR 36 é um marco regulatório importante para a uniformização das medidas básicas de proteção à saúde dos empregados. "O segmento dos frigoríficos é um dos ramos de atividade econômica que mais adoecem, mutilam e matam trabalhadores nesse país", enfatiza.

Gisele Rosso
ASCOM MPT-PR

Operação flagra descumprimento da Lei do Motorista nas estradas

Curitiba - O Ministério Público do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram nesta terça-feira (28), no Paraná, uma operação conjunta para fiscalizar o cumprimento da Lei 12.619/2012, que alterou artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

No total, foram realizadas 121 abordagens, aplicadas 34 multas de trânsito e registradas 34 comunicações de irregularidades ao MPT. A Operação Jornada Legal ocorreu em quatro postos de fiscalização da PRF, dois em Curitiba, um em Maringá e um em Cascavel.

Entre os problemas constatados, destaca-se a falta do descanso entre jornadas e do intervalo de trabalho de 30 minutos, a cada quatro horas de direção, além de problemas no tacógrafo, equipamento que mede o tempo transitado pelo veículo e sua velocidade.

Atualmente, o MPT, em âmbito nacional, investiga 324 embarcadores (contratantes dos serviços de transporte) e empresas de transporte. No Paraná, são 73 investigações em andamento relativos ao não cumprimento da lei do motorista. É o segundo estado em incidência de irregularidades, atrás apenas de São Paulo.

Com o registro dessas 34 comunicações de irregularidades, novas investigações devem ser abertas pelo MPT.

Para o procurador Paulo Douglas Almeida de Moraes, coordenador nacional do programa Jornada Legal, o objetivo da operação foi verificar o cumprimento da Lei do Motorista. Para ele, a adequação à lei vai contribuir significativamente para a redução e prevenção dos acidentes. "A fadiga do caminhoneiro está entre as principais causas de acidentes", ressalta.

A Lei

A Lei 12.619/2012 regulamentou o tempo de trabalho e de descanso e tornou obrigatório o controle de jornada de todos os motoristas que trabalham no transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

A duração da jornada dos motoristas profissionais poderá ser controlada por meio de anotações em diários de bordo, papeletas, fichas ou por aparelhos de rastreamento e tacógrafos (equipamento que mede o tempo transitado pelo veículo e sua velocidade). Outro ponto importante da lei é a obrigação do intervalo de trabalho de 30 minutos, com o veículo estacionado, a cada quatro horas de direção. Em paradas para abastecimento ou em engarrafamentos, o tempo não será considerado como intervalo.

Gisele Rosso
ASCOM MPT-PR