MPT-PR cobra mudanças na estrutura das refinarias da Petrobrás, Ipiranga e Raízen, em Araucária

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Representantes das refinarias e do Sintracarp se reúnem em audiência conduzida pelo procurador do trabalho Gláucio Araujo de Oliveira 

Curitiba - No dia 26 de março aconteceu na sede do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) uma audiência entre as refinarias de petróleo Petrobrás, Ipiranga e Raízen e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes de Cargas do Paraná (Sintracarp). A audiência, conduzida pelo procurador do trabalho Gláucio Araujo de Oliveira, discutiu os problemas relacionados ao ambiente de trabalho nas proximidades do terminal da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) de Araucária. Há cerca de um mês, foi realizada pelo MPT-PR e pelo Sintracarp uma inspeção no local que detectou problemas no pátio de abastecimento dos caminhões e também nos banheiros e salas de espera dos caminhoneiros.

O MPT-PR pede que seja revista a logística no pátio de parada de forma a minimizar o tempo de espera dos motoristas de caminhão, seja no abastecimento ou desabastecimento dos combustíveis, tendo como modelo o projeto Carga Online adotado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, na qual o MPT-PR teve papel fundamental. Atualmente, os motoristas não têm qualquer perspectiva do tempo de espera (podem ser alguns minutos como mais de dias) e precisam ficar atentos à chamado do monitor de cada distribuidora. Se perderem a vez, têm que voltar ao final da fila de espera. A atenção dispensada à senha os impede de dormir, o que pode causar graves acidentes, especialmente levando em consideração a periculosidade da carga. Também foi ressaltado o fato dos próprios caminhoneiros terem que abastecer seus caminhões com os produtos a serem transportados, arcando com possíveis perdas.

Além disso, foram cobradas melhorias nas salas de espera e banheiros, e sugerida pelo Sintracarp a criação de uma sala de espera única a todas as empresas, o que reduziria custos e padronizaria as operações.

No prazo de 20 dias o Sintracarp deve apresentar todas as suas demandas no que diz respeito à melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores. A partir disso, as empresas terão um prazo de 30 dias para apresentar uma proposta sobre os temas levantados. A intenção é que seja firmado um acordo entre as partes, de forma a regularizar a situação dos trabalhadores sem a necessidade da intervenção judicial.