Fórum pretende criar campanha relacionada ao uso de agrotóxicos

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Procuradora do Trabalho Margaret Matos de Carvalho explica a necessidade de uma campanha nacional de conscientização
contra o uso de agrotóxico

Curitiba - Aconteceu na tarde da última quinta-feira (13) no auditório do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) a reunião mensal do Fórum de Combate ao Uso de Agrotóxicos e Controle do Tabaco. O fórum é coordenado pela procuradora regional do trabalho Margaret Matos de Carvalho.

No encontro, estavam presentes representantes de órgãos públicos das áreas de saúde, meio ambiente, agricultura, entre outros. Primeiramente, a procuradora mostrou aos membros o filme “Nuvens de Veneno”, que fala dos problemas causados pelo uso do agrotóxico.

Após a exibição, o agrônomo e assessor do Ministério Público Estadual Edinei Bueno coordenou o debate sobre o tema. Entre os encaminhamentos mais importantes do encontro destacam-se uma ampla campanha para a população falando sobre os perigos decorrentes do uso de agrotóxicos, o controle do uso e armazenamento de agrotóxicos em ambientes urbanos e uma ação mais forte por parte do Ministério Público com relação aos produtores de alimentos. Foi levantada a questão de que, a partir do momento que a população passa a ter mais conhecimento sobre o tema, ela pode fazer escolhas mais acertadas e até a demandar ações dos produtores e políticas públicas do governo.

Também foi discutido que o governo deve ter uma política com relação às pessoas que adoecem pela exposição ocupacional aos agrotóxicos, além de uma política mais efetiva contra o uso destes produtos, levantando a questão de que o fórum deve servir como um instrumento contra os empecilhos econômicos e políticos quanto ao uso de pesticidas. Foi sugerido que o fórum precisa ter também um espaço virtual que traga informações sobre o assunto à população.

Ficou definido ainda que no próximo fórum, que será realizado no mês de abril, serão apresentados os resultados do programa “Plante seu Futuro”, uma parceria da Secretaria de Estado da Agricultura e vários órgãos que tem como proposta ações permanentes de divulgação e capacitação de boas práticas agrícolas no campo com as tecnologias disponíveis para profissionais e produtores rurais.

O Fórum de Combate ao Uso de Agrotóxicos e Controle do Tabaco é coordenado pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná e pelo Ministério Público Estadual. É um espaço de articulação para planejamento de ações de combate ao trabalho infantil no fumo, diversificação da cultura para as famílias que vivem do fumo, incentivo aos produtores que têm dívidas com a indústria do fumo, orientação quanto ao uso e malefícios do fumo e de agrotóxicos.

ASCOM/MPT-PR



MPT-PR encaminha moção ao CNJ contra trabalho de crianças como gandulas na Copa; confira moção

Curitiba - A procuradora regional do trabalho Margaret Matos de Carvalho, do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) hoje (17) uma moção de desagravo ao fato de o CNJ ter aprovado a Recomendação nº 13, que autoriza o trabalho de gandulas a partir de 12 anos de idade na Copa do Mundo do Brasil. O encaminhamento da moção foi deliberado pela reunião plenária do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Regularização do Trabalhador Adolescente (Feti-PR), do qual o MPT-PR é integrante, no dia 10 de março.

A Recomendação nº 13 foi publicada pelo CNJ em 10 de dezembro de 2013, e determina uma série de atividades a serem seguidas pelos juizados da infância e da juventude nas 12 comarcas-sede onde ocorrerão os jogos do mundial. Porém, a Constituição Federal, alterada pela Emenda Constitucional nº 20/98, proíbe qualquer trabalho a menores de 16 anos, exceto como aprendiz e a partir de 14 anos. Ainda que permitido o trabalho na faixa etária de 16 a 18, como empregado, aprendiz, estagiário ou autônomo, a autorização não é ampla e irrestrita, devendo ser observado que o adolescente se encontra em desenvolvimento, razão pela qual são proibidas atividades perigosas, insalubres e penosas ou prejudiciais à formação moral, psicológica ou intelectual.

Entre as considerações apresentadas na moção estão os riscos e malefícios associados ao trabalho dos gandulas, como agressões, desconforto térmico e pressão psicológica, fazendo com que os adolescentes fiquem vulneráveis, sujeitos a acidentes, abusos e maus tratos. Outra consideração é a de que a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF), desde 2004, não permite o trabalho de gandulas a menores de 18 anos de idade.

Uma cópia da moção também foi encaminhada para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (Comitê Nacional da Copa) e ao Fórum Nacional de Erradicação e Prevenção do Trabalho Infantil.

Para ler a moção completa clique aqui.

ASCOM / MPT-PR

MPT-PR não quer trabalho de gandulas de 12 anos na Copa

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Entre outras deliberações, Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil enviou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) moção contra a permissão do trabalho infantil

Curitiba – Na tarde da última segunda-feira (10) aconteceu, no auditório o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), mais um Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Regularização do Trabalhador Adolescente (Feti-PR).

O Fórum é coordenado coletivamente pelo MPT-PR, Secretaria Regional do Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE-PR), Secretaria da Família e Desenvolvimento Social do Paraná (Seds), Secretaria de Estado da Educação (SEED) e Associação Fênix. A reunião foi conduzida pela procuradora Margaret Matos de Carvalho e contou com a presença de representantes de órgãos públicos estaduais e municipais (Secretaria da Família, Secretaria da Saúde, Secretaria do Trabalho, Secretaria da Educação), conselheiros tutelares de cidades do litoral, da região metropolitana de Curitiba e do interior do Estado, entre outros.

A discussão se concentrou nas três campanhas de prevenção e erradicação do trabalho infantil que deverão realizadas nos próximos meses: Trabalho Infantil Doméstico (Dia Nacional do Trabalhador Doméstico em 27/04), Dia Nacional de Combate á Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes (18/05) e o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (em 12/06). Ficou definido que as campanhas deverão ser veiculadas principalmente em rádios e nos veículos do transporte coletivo dos 26 municípios que apresentam os piores indicadores no Estado em relação ao número de crianças e adolescentes explorados no trabalho. O material será distribuído também nas escolas públicas estaduais e em unidades básicas de saúde. Além disso, será realizada reunião com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) na tentativa de sensibilizar toda a rede de supermercados a aderir às campanhas por meio de impressão do material nas sacolinhas plásticas que são distribuídas aos clientes.

A principal deliberação foi o de encaminhar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com cópia para a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (Comitê Nacional da Copa) e ao Fórum Nacional de Erradicação e Prevenção do Trabalho Infantil, uma moção de desagravo ao fato de o CNJ ter aprovado a Resolução de nº 13, autorizando o trabalho de gandulas a partir de 12 anos de idade, o que fere a Constituição Federal e Tratados Internacionais firmados pelo Brasil. Em razão da natureza da atividade, o trabalho como gandula somente é permitido a partir de 18 anos de idade.

ASCOM / MPT-PR

Liminar obtida pelo MPT-PR interdita frigorífico Palmali, na região de Pato Branco

Palmali foto
Palmali foto

Curitiba – O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) obteve, no dia 28 de fevereiro, liminar em ação cautelar de interdição das serras-fitas do Frigorífico Palmali, situado na região de Pato Branco, no Paraná. A empresa possui cerca de 550 empregados e abate cerca de 1.300 suínos por dia.

A liminar, concedida pelo juiz do trabalho Lucas Furiati Camargo, da Vara do Trabalho de Palmas, acolheu o requerimento da ação ajuizada pelo coordenador nacional do Projeto Nacional de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos, o procurador do trabalho Heiler Natali, do Ministério Público do Trabalho em Londrina, e das Procuradoras Priscila Schvarcz e Sofia Vilela, ambas do MPT em Pato Branco. A inspeção foi realizada no dia 26.

A ausência de proteção já acarretou na amputação parcial da mão de um empregado. Além das serras-fitas, ainda podem ser interditadas administrativa e judicialmente outras atividades e ambientes, como a sala de máquinas, onde está situado o sistema de refrigeração por amônia e o setor de caldeiras em que se detectou vazamento do gás, totalmente em desacordo com as normas regulamentadoras (NRs 13 e 36), e a atividade de escalpelamento da pele dos suínos, realizadas com maçaricos operados sem qualquer proteção, e todo o setor de graxaria. “Há setores nesse frigorífico em que as condições de trabalho chegam a ser medievais e muita coisa precisa ser feita até que padrões mínimos de segurança, saúde e dignidade sejam estabelecidos”, afirma o procurador Heiler Natali. Para a procuradora Priscila Schvarcz, que conduz inquérito civil em face do frigorífico em questão, novos casos de amputação poderiam voltar a ocorrer se não houvesse a interdição das serras-fita. “Caso a empresa não promova de imediato o ajustamento de sua conduta, outras medidas de interdição deverão ser propostas”, concluiu a procuradora.

A liminar concedida determina, até a adequação final das serras-fitas interditadas, a remoção imediata de todas as serras-fitas do estabelecimento para local visível aos empregados – sob pena de multa diária de R$20 mil por equipamento e interdição total do estabelecimento. Ainda foi vedada a utilização de equipamento em substituição que não atenda os preceitos da NR 12, bem como autorizada a Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação do Estado do Paraná a ingressar no estabelecimento para também auxiliar na fiscalização do cumprimento da liminar.

Há menos de um mês o Frigorífico Rainha da Paz, situado na região metropolitana de Londrina, foi interditado judicialmente pelos mesmos motivos, após ação do Ministério Público do Trabalho no Paraná.

ASCOM / MPT-PR

MPT debate estratégias para garantir direitos aos catadores de resíduos

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Campo Grande (MS) - Medidas previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para inclusão dos catadores motivaram o encontro realizado no dia 27 de fevereiro, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Campo Grande. Procuradores que integram o Grupo de Trabalho Cidadania Catadores, instituído nacionalmente, reuniram-se para elaborar um guia de práticas para atuação dos membros no país.

O grupo de trabalho é formado pelas procuradoras Margaret Matos de Carvalho, do MPT do Paraná, Alzira Melo Costa, do Amazonas, Marcela Monteiro Dória, do Mato Grosso, e Simone Rezende, do Mato Grosso do Sul. O encontro contou, ainda, com a participação do procurador de justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, Saint-Clair Honorato Santos. O objetivo da reunião, segundo Simone Rezende, foi o de elaborar material de apoio para a atuação institucional.

A iniciativa pretende assegurar renda e condições dignas de trabalho para quem atua na atividade de catação de resíduos, com o fim próximo dos lixões. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a eliminação das unidades de destinação inadequada de resíduos, principalmente dos depósitos a céu aberto, até agosto de 2014. Para isso, os municípios brasileiros e estados precisam elaborar plano de gestão e aprovar leis para implantação da coleta seletiva.

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Segundo dados do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis (CIISC), no Brasil, ainda existem mais de 2.500 lixões e 800 aterros controlados. Com o encerramento dos lixões, o MPT pretende garantir que as prefeituras promovam a inclusão social e produtiva dos catadores de materiais recicláveis conforme previsto no Programa Pró-Catador, como obrigação do poder público de contratação e remuneração dos catadores de resíduos para atuar no processo de reciclagem.

Reconhecimento social - Os procuradores também se reuniram com catadores de Campo Grande ligados ao Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, integrantes de entidades que têm atuado na construção do Comitê Pró-catadores de Mato Grosso do Sul e do Ministério Público do Estado (MPE). Os grupos de catadores reivindicam infraestrutura e condições dignas para trabalhar com qualidade de vida. Para a procuradora-chefe do MPT no Amazonas, Alzira Costa, a garantia de rendimento adequado a esses trabalhadores representa o reconhecimento social dessa atividade de separação de recicláveis, desempenhada historicamente por eles, e tão importante para o meio ambiente e para a sociedade.

ASCOM/MS