Nota: MPT e MTE fazem audiência amanhã para empresa acertar direitos dos trabalhadores encontrados em condições degradantes no Paraná

Nesta sexta-feira (1º de março), o Ministério Público do Trabalho em Guarapuava e o Ministério do Trabalho e Emprego realizam audiência com os representantes da empresa responsável pelos trabalhadores encontrados em condições degradantes em uma fazenda, na cidade de Inácio Martins, no centro sul do Paraná. O objetivo é que a empresa firme termo de ajuste de conduta e reconheça o vínculo empregatício desses trabalhadores, além de efetuar o pagamento das verbas rescisórias e do dano moral individual.

Os 17 trabalhadores moravam em alojamentos precários, sem instalações sanitárias, água potável, energia elétrica, o que caracteriza trabalho análogo ao de escravos.

A audiência será na sede do Ministério Público do Trabalho em Guarapuava.

Gisele Rosso / ASCOM MPT-PR

Operação encontra trabalhadores em condições degradantes

Uma operação do Ministério Público do Trabalho em Guarapuava (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Federal (PF) encontrou diversos trabalhadores em condições degradantes em uma fazenda localizada na cidade de Inácio Martins, no centro sul do Paraná. Eles trabalhavam no corte de erva-mate e moravam em alojamentos precários, sem instalações sanitárias, água potável, energia elétrica, caracterizando trabalho análogo ao de escravos.

Nesta quarta-feira (27), o MPT e o MTE estão colhendo os depoimentos dos trabalhadores e, no final desta tarde, será realizada uma audiência para que a empresa responsável reconheça o vínculo empregatício desses trabalhadores e efetue o pagamento das verbas rescisórias e de dano moral individual.

Gisele Rosso / ASCOM MPT-PR

Ibema assume compromisso com MPT-PR para cumprir cota aprendizagem

Nesta semana, o MPT de Guarapuava firmou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a Ibema Companhia Brasileira de Papel para cumprimento da cota aprendizagem. Embora a empresa já cumprisse a cota legal, a assinatura do TAC tem caráter pedagógico e preventivo, pois formaliza e garante que esse compromisso seja mantido. A empresa, que possui 587 trabalhadores, conta, atualmente, com 20 aprendizes em seu quadro funcional.

Segundo a procuradora Cláudia Honório, é uma oportunidade única para os jovens desta região, que é marcada pela atividade rural e poucas oportunidades de trabalho saudável. “A aprendizagem tem um papel social muito importante, tanto para aperfeiçoamento desses jovens, quanto para as empresas, pois futuramente os aprendizes poderão ser trabalhadores efetivos da própria organização, com muito mais conhecimento e experiência”, declara.

A Ibema comprometeu-se com o MPT-PR a contratar aprendizes com idade entre 14 e 24 anos. Caso haja desligamento de algum contrato, a companhia dever providenciar a contratação de outro aprendiz, mantendo, ao menos, a cota de 5% em seu quadro funcional. Além disso, a empresa deverá cumprir as normas relativas à aprendizagem em relação à duração do trabalho, que não poderá exceder seis horas diárias. Caso o aprendiz já tenha completado o ensino fundamental, a jornada poderá ser de até oito horas diárias, incluídas as destinadas à aprendizagem teórica.

O descumprimento de cada cláusula acarretará em multa. Também estipulou-se indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 50 mil, caso seja constatado o descumprimento de qualquer cláusula do TAC, revertida ao FIA.

ASCOM MPT - PR

MPT recorrerá ao STF no caso dos provadores de cigarro

O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no caso dos provadores de tabaco na empresa Souza Cruz. “A questão envolve princípios constitucionais e tratados internacionais e o STF é o órgão adequado para definir o alcance do texto constitucional”, afirmou a procuradora regional do Trabalho, Adriane Reis de Araújo, que está à frente do caso.

O TST decidiu que a empresa pode manter os postos de provadores de cigarro, mas manteve a condenação por danos morais coletivos e o pagamento do plano de saúde dos funcionários. “Esta é a questão principal: uma empresa pode manter funcionários trabalhando com substâncias tóxicas e viciantes ou não?”, comentou Adriane Reis.

Em primeira e em segunda instâncias, a Justiça do Trabalho decidiu pela extinção do painel sensorial. “No próprio TST, a questão ficou dividida, o que mostra que o tema é complexo e exige a continuidade do debate no STF”, completou.

ASCOM MPT

Justiça determina adequações em marmoraria por desrespeito à saúde e segurança do trabalhador

A Justiça do Trabalho julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná contra a marmoraria Obra Prima, localizada na região metropolitana de Curitiba. A empresa tem até o início de março para comprovar a regularização das condições de trabalho de seus empregados.

O MPT-PR exige que o processo de corte e lixamento das peças de mármore seja feito a úmido, com a utilização de máquinas abastecidas com água. De acordo com a procuradora Viviane Dockhorn Weffort, a produção a seco pode causar silicose, doença causada pelo acúmulo de sílica nos pulmões, o que dificulta a respiração. A sílica é um mineral encontrando no mármore e fica disperso no ar. A silicose é a principal doença dos trabalhadores de marmorarias, sendo irreversível e se agrava mesmo após o afastamento do trabalhador. Além disso, o MPT-PR exige que outras condições de trabalho encontradas na empresa estejam de acordo com a lei, como fornecimento de equipamentos de proteção adequados e controle médico de riscos ocupacionais e manutenção de material para primeiros socorros.

Caso não cumpra a determinação da Justiça, a marmoraria Obra Prima pagará multa de R$ 3 mil a cada infração cometida, revertida APAE de São José dos Pinhais.

ASCOM MPT - PR